quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que a Cueca diz Sobre um Homem

O imaginário feminino do tesão sempre espera ser bem servido. Para uma mulher, o banquete do sexo envolve pegada, cheiro, corpo e apresentação. A vestimenta masculina pode beirar o démodé, mas sua intimidade, não. Usar cuecas decentes e evitar borrá-las (desculpem, ainda preciso me acostumar a usar apenas termos finos) é fundamental para a continuidade de um sexo bem sucedido.
A teoria passa a ter validade a partir do terceiro encontro íntimo, quando a paixão e o sexo já são conhecidos. É bom estar preparado para a vasta gama de possibilidades que uma noite oferece, mas jamais se prive de ir para o motel com aquela investida de meses só porque a sua cueca, ou calcinha, não é adequada. Na primeira e inesperada noite, o que importa é o desempenho. Ninguém observa acessórios. O relevante gira em torno de desenvoltura, afinidade, fala no momento certo, depilação e tamanho do pênis (sim, elas reparam e se importam com largura e comprimento).
Quando tudo corre bem, as mulheres investem. Cuidam da lingerie e exigem que o outro faça o mesmo. Homens priorizam o conforto – que é importantíssimo para manter a saúde e a fertilidade masculina – e tendem a deixar a estética de lado. Fato: o terceiro encontro é decisivo e, se a cueca não for adequada ao corpo seminu apresentado, o romance morre.
Use a razão na escolha das cuecas e seja feliz entre quatro paredes, ou aguente as consequencias .
Cueca tanga: o modelo favorece halterofilistas, magros sarados e fantasiados para uma noite sensual. Não a use em um encontro, é fatal. Essa cueca compete em tamanho, na melhor das hipóteses, com a calcinha fio-dental que sua parceira pode estar usando. E mais, tende ao feminino. A vestimenta pode fazer sua mulher brochar e mostra em detalhes os pelos púbicos masculinos. Sua parceira vai ficar, com um nojinho, e pela última vez. Acaba sendo uma boa opção para terminar um affair, sem constrangimentos.
Cueca convencional: estilo criança, é aceitável para o homem que ainda ganha roupa íntima da mãe. Ou é tão desligado com o próprio corpo e o prazer que uma peça pode gerar, que compra sua cueca num “bastantão” (leia-se aqui aqueles pacotinhos promocionais). Todo o sucesso profissional pode ir por água abaixo com esta bizarra apresentação. A relação não está perdida, mas aceite de bom grado, use e se adapte ao primeiro presente que ganharás de sua parceira: um modelo bem desenhado e com um tom adequado ao seu tipo de pele.
Samba canção: opção para dormir, é aceitável em viagens ou na sua casa. Esconda a cueca da liberdade dos países baixos de seus olhos no dia a dia. Se você gosta de andar com “as coisas soltas”, ande sem cueca, ou tire a samba canção antes que sua parceira veja. O “caminho da felicidade” tem que levantar pelo aquecimento dos corpos, não pela liberdade e o frescor íntimos.

Cueca boxer: hit da nova geração (nem tão nova assim, mas segue na moda), a velha guarda deve se adaptar. Um corpo em forma merece este modelo. Para um corpinho com quilos a mais, favorece, e a bunda de qualquer ser minimamente másculo fica perfeita neste modelo. A boxer garante uma noite, ou dia, de prazer e tem um quê de quero mais. Na dúvida, jogue todos os outros modelos fora e fique com ela. Tons em cinza, branco, preto, azul marinho e – sim – vermelho fazem qualquer mulher enlouquecer.
Cueca boxer longa: tipo bermudinha, este corte íntimo masculino valoriza o pênis. Então, se você não é bem dotado, passe longe deste modelo. Caso contrário, abuse. Se o seu corpo estiver com tudo, não se choque em ser bem servido por um bom e bem feito sexo oral unilateral (sem necessidade de retribuição). Uma cueca decente pode acabar com qualquer dor de cabeça feminina e garantir um bis.
Se você quer passar do terceiro encontro, invista. Sexo não significa namoro, mas para manter a frequência de um caso considere detalhes. Um fora nunca é inexplicável, e se a sua cueca não diz coisas boas sobre você a relação tomba ladeira abaixo, mesmo depois de um jantar em um dos restaurantes mais caros da cidade.

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